Conviria detalhar que complicação ocorreu (Estenose preexistente? Abcesso após utilização de IFX? Outra?)
e respetiva interpretação, em função do status prévio do doente. De facto, a cirurgia eletiva poderá ter um papel relevante na DC em idade pediátrica, tanto na doença fistulizante como na estenosante, tendo sido preconizada como alternativa ao LGK-974 cell line IFX nas formas localizadas 3. Por outro lado, teria interesse a menção a eventual intervenção nutricional, dado constituir reconhecidamente uma componente fundamental da abordagem terapêutica neste grupo etário3 and 4. De facto, na DC pediátrica, a nutrição entérica exclusiva e a corticoterapia são igualmente eficazes na indução da remissão, independentemente da atividade ou localização da doença, embora com significativas vantagens da nutrição entérica devido ao impacto positivo no crescimento e menor frequência de efeitos adversos3 and 4. Os autores tiveram o cuidado de avaliar o impacto do tratamento
no IMC (variabilidade na resposta); apesar do curto período de seguimento, teria sido igualmente interssante a inclusão do Z score da velocidade de crescimento (importante end point terapêutico) e do estadio pubertário (Tanner), quando aplicáveis. A anemia é uma complicação frequente no decurso da evolução da DII em idade pediátrica e que justifica uma abordagem eletiva, tendo merecido a atenção dos autores. É mencionada melhoria dos valores médios de hemoglobina aos 6 meses pós-tratamento em 5/6 casos
em concordância find more com outras séries (sendo no entanto omissa a referência a eventual instituição concomitante de terapêutica marcial, nomeadamente por via parentérica). Constituindo um dos objetivos do estudo a avaliação dos efeitos adversos, teria sido interessante mencionar como foi efetuada a sua monitorização ao longo do periodo de seguimento (registo sistemático – checklist ou apenas os constatados / reportados ?). A reduzida duração do periodo de seguimento, poderá ter contribuído parcialmente para a baixa frequência de efeitos adversos observados neste grupo etário Glutathione peroxidase (adolescência). Em estudos futuros desta natureza, será também relevante a menção ao impacto da doença e da intervenção terapêutica na qualidade de vida. De acordo com as recomendações da ECCO3, preconiza-se que o seguimento e tratamento da DII em idade pediátrica (≤18 anos) sejam da responsabilidade de Unidades de Gastrenterologia Pediátrica, numa perspetiva interdisciplinar, incluindo idealmente consultas de transição para a Gastrenterologia de Adultos. Neste contexto e atendendo à idade dos doentes do presente estudo (2 com 16 anos, 2 com 17 anos, no início do tratamento com IFX), seria interessante conhecer o modelo específico de organização e articulação adotado com o Serviço de Gastrenterologia de Adultos.